Como pode o seu testemunho ser uma ajuda para si.
Apoiando a partilha da sua experiência.
Permitindo-lhe quebrar o silêncio e abordar medos e emoções fortes.

 

Como pode o seu testemunho ajudar os outros?
Dando a conhecer o seu caso, as suas dificuldades e a forma como lhe foi possível minimizá-las ou mesmo ultrapassá-las.
Mostrando que é possível vencer esta experiência, aprender com ela e sair fortalecida.

 

Quer deixar o seu testemunho ?
Faça-nos chegar as suas palavras através do mail info@apamcm.org

* Fonte: “Mostra Fotográfica | Retrato de Mim”

“Apesar deste episódio menos bom, que faz (fez) parte da nossa vida, continuamos ser mulheres sensuais, com um ”simples toque” que tem por nome reconstrução mamária.”

[Alexandra Teixeira*]
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“A minha vivência com cancro da mama fez-me questionar o meu interior e também tudo o que se passava à minha volta. Não me perguntei “porquê a mim”, mas “para “quê a mim” e lentamente, mas com muita clareza, comecei a “ver” o mundo com outros olhos. Hoje já passaram sete anos e meio e graças a Deus e à medicina estou bem. Esta foto revela tudo o que sinto sobre a dádiva de cada dia: Agradecimento. Bem hajam os intervenientes deste projecto (especialmente à minha querida APAMCM, uma ajuda preciosa na minha recuperação) que me permitem passar esta mensagem.”

[Ana Bela Gonçalves*]
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“O retrato para mim é a forma que encontrei para dizer que a VIDA continua a ser um objectivo sem limites. A VIDA é Amor, Sonhos, Esperança.”

[Ana Catarino*]
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“A vida pode ser curta, mas enquanto cá estamos devemos vivê-la em plenitude”.

[Conceição Costa*]
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“Sou associada da Associação Portuguesa de Apoio à Mulher com Cancro da Mama, tenho 74 anos e vou partilhar a minha experiência com o cancro da mama através deste testemunho. O meu histórico familiar é muito marcado pelo cancro. O meu pai faleceu de leucemia. Dos quatro irmãos, a mais velha morreu de cancro no estômago, eu sofro de carcinoma da mama e a mais nova foi-lhe diagnosticado, há pouco tempo, um cancro nos rins. Há dois anos foi-me diagnosticado, num exame de rotina efetuado pela minha médica ginecologista, um nódulo na mama esquerda. Considerado benigno foi controlado durante mais um ano. Até que após outro exame constatou-se que o nódulo se tornara maligno. Fui enviada para o British Hospital ao cuidado do gentilíssimo e muito profissional Dr. João Leal de Faria. Posteriormente este médico encaminhou-me para o IPO de Lisboa, por ser já utente deste Hospital, para ai ser operada. Fui submetida a duas cirurgias. A primeira correu mal em virtude de ter sofrido uma grande hemorragia, mas a equipa médica foi maravilhosa comigo. Senti uma dor profunda durante estes tempos e fui sendo acompanhada pela APAMCM. A equipa desta Associação ajudou-me a não perder a Esperança. Fiz quimio e radioterapia. Perdi o meu cabelo. Passei por grandes indisposições gástricas e no decorrer deste percurso sofri um grave refluxo intestinal, devido a uma hérnia encarcerada, que me obrigou a ser submetida a outra grande intervenção cirúrgica. No fim desta terrível tempestade encontrei a bonança! Encontro-me, presentemente, a fazer fisioterapia no Centro de Fisioterapia Especializado em Oncologia da APAMCM. Sou muito acarinhada e observo de dia para dia enormes melhorias no meu braço, tendo ganho uma maior mobilidade do mesmo. A todos aqueles que tenham sofrido, ou sofram, de cancro quero aqui deixar a minha mensagem: vale a pena lutar pela vida, acreditar na medicina e, acima de tudo, procurar entender a razão dos acontecimentos – o para que? – e como os mesmos nos transformaram interiormente, nunca perdendo o sentido na nossa Vida!

[Esmeralda Barbosa*]
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“Neste mundo não há nada mais macio e delicado que a água. O facto de ter de lidar com a doença trouxe-me inúmeras maneiras de encontrar um sentido para a vida. Sou grata por aquilo que a doença me ensinou.”

[Maria Cristina Vaz*]
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“Tive um cancro de mama há 16 anos. Eu tinha 52 anos e estava a passar por um período muito feliz. O meu oncologista (Dr. Carlos Santos Costa ) foi muito importante para mim. Foi-me aconselhado pela minha ginecologista (Dra Purificação Araújo). Lembro-me que a primeira vez que o vi ele se parecia com as gravuras dos médicos da iconografia psiquiátrica do final do século XIX. Deu-me uma enorme segurança e tratou-me sempre como um ser pensante com direito a ser esclarecida. Também a minha psicoterapeuta teve enorme relevância pois percebeu que, naqueles momentos, o que eu precisava era que me escutassem e apoiassem e não de grandes interpretações esclarecedoras. As minhas filhas e muitos dos meus amigos foram imprescindíveis no decorrer daquela fase. O que me causou mais dor? O desaparecimento de alguns amigos; as tentativas de consolação de algumas pessoas; as conversas das mulheres na sala de espera do consultório onde ia fazer radioterapia; o mês de espera pela análise em que não consegui ir trabalhar; a atitude do meu marido que não soube estar à altura do meu sofrimento. O facto de ter ficado com uma mama mutilada não me afectou grandemente. Dois anos depois de estar oficialmente curada separei-me do meu marido (a clássica aluna da idade da filha mais velha entrou em cena), o meu irmão suicidou-se no ano seguinte e o meu pai morreu um ano depois. O cancro teve um efeito benéfico quando o meu marido saiu de casa. Decidi racionalmente que não podia ter uma recaída por causa dele. Quando o meu irmão partiu, impus a mim mesma que quando os jacarandás florissem eu já teria saído do túnel. Saí. A recusa do cancro deu-me força. Não gosto de revisitar esses anos, mas continuo a gostar da estação dos jacarandás.”

[Maria Helena Abreu*]
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“Cancro é uma palavra dura!!! Esta palavra mudou o meu corpo e a minha VIDA!

Mas também aprendi a LUTAR e a olhar em frente! A FORÇA supera a insegurança e a VIDA volta a fazer sentido!

Viva a VIDA no RETRATO DE MIM!“

[Maria José Ferreira da Silva*]
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“– Fotografar-me em tronco nu – Perdi uma parte ‘física’ no meu corpo que me fez ganhar algo que nem sei explicar, mas me faz
acreditar que para lá da dor e do sofrimento há ainda muita coisa bonita para partilhar… escolhi e optei porque quero tocar os que ainda têm dúvidas em acreditar…”

[Maria Paula Viegas*]
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Não sou uma ‘doente’ oncológica, sou uma ‘paciente’ oncológica. A forma de pensar e tentar definir o que é ter um cancro ajuda a entender o sentido da vida. Há alturas que ficamos cegos e a mente fecha-se para qualquer definição seja do que for. Há quem diga que depois de sobreviver a um cancro passamos a dar valor à vida. Eu não penso assim. Eu sempre dei valor à vida. Apenas ‘acordei’ para certos valores e, mais do que nunca, procuro viver da melhor forma cada minuto. Durmo somente as horas necessárias, aproveito meu tempo, telefono com mais frequência para as pessoas de quem tenho saudades, abro o meu coração ao meu marido todos os dias e digo o que me vem à alma. A minha família unida, mesmo longe, está sempre em sintonia com uma energia positiva incrível, o meu marido, meu fiel companheiro, está sempre ao meu lado em cada etapa. Aprendemos juntos a tirar proveito de uma situação diferente, a olhar de uma maneira positiva quais as mudanças que esta doença trouxe para as nossas vidas. Não nos perguntamos o ‘porquê’ de ter um cancro e sim ‘para quê’. Assim temos muitas possibilidades de respostas… Encarei cada etapa, exames, cirurgias, tratamentos com muita disposição e alegria, afinal é o caminho para a cura, mesmo que por momentos tenha passado por períodos desagradáveis. Porém são passageiras… e terminadas essas etapas sei que tenho uma vida inteira pela frente. Por isso vale a pena acreditar! Já não faço planos, mas coloco objectivos de vida a alcançar… Para se chegar à vitória é preciso antes DESEJAR vencer!”

[Mónica Sousa*]
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“Retrato de Mim é um projecto muito bem concebido e louvável pois procurou através da aliança entre três associações distintas dar voz e oportunidade de expressão às mulheres com cancro da mama. Achei especialmente interessante e, de certa forma, original o facto de o podermos fazer através de uma fotografia. Sem duvida que foi um bom desafio e a avaliar pelos retratos, muito bem conseguido! Com a minha fotografia pretendo transmitir a todas as mulheres com cancro da mama que quer optem por fazer a reconstrução, ou simplesmente viver com uma prótese (tal como eu), uma coisa é certa… EXISTE VIDA PARA ALÉM DESTA DOENÇA! Devemos manter a Esperança no mais alto nível e nunca desistir. Seremos sempre bonitas não importa a forma.”

[Rosa Acosta da Cruz*]
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“A minha imagem reflectida no espelho, depois do sobre-esforço da luta perseverante pela sobrevivência ao cancro da mama, lembra-me que escolhi viver. Pretende pois ser mensagem de esperança e visa lançar um repto a todas as mulheres portadoras de patologia mamária: que não desanimem perante a adversidade; que nunca desistam de lutar pelo bem supremo que é a vida porque a felicidade é uma conquista e não uma dádiva. Projectei a imagem desta forma porque o rosto é a primeira impressão que damos de nós ao próximo. Um atributo de feminilidade importantíssimo. Traduz a afirmação pessoal que é a minha. Foi possível superar-me cuidando-me e mimando-me por estar certa de ser, ainda e sempre, Mulher. Só quando se está seguro da sua auto-estima se pode encarar a vida com optimismo.”

[Sidónia Rito*]
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“Como uma sobrevivente de cancro de mama que sou, com 47 anos, e que também sofreu de Linfedema pós-cirurgico, foi de suma importância encontrar um lugar credível para efectuar o meu tratamento de drenagem linfática terapêutica, semanalmente. Mudei-me para Lisboa há dois anos, não falo português e a procura do lugar certo foi muito angustiante para mim. Fiquei muito grata por ter encontrado a APAMCM. A localização é muito conveniente (perto de Santa Apolónia), a Associação é limpa e confortável e as pessoas são muito profissionais e gentis. Além disso, tem sido para mim importante inserir-me numa comunidade nova através de passeios históricos, almoços e outros apoios organizados e oferecidos por esta Associação. Por último, mas não menos importante, a minha Fisioterapeuta é extremamente competente e tornou-se numa amiga pessoal. Eu recomendo, definitivamente, a APAMCM a qualquer sobrevivente de cancro!

[Sylviane Rebaud]
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“Com a minha colaboração no projecto Retrato de Mim desejo transmitir às pessoas os momentos difíceis que estou a enfrentar neste momento. Estou em tratamento de quimioterapia em virtude de uma recidiva de cancro da mama que surgiu há quatro anos e que se julgava estacionado. Hoje encontro-me a enfrentar metástases pulmonares e ósseas. Foi um choque! É uma situação muito difícil, os tratamentos não são fáceis, mas com muita força de vontade e apoio irei vencer mais esta batalha.”

[Teresa Ambrósio*]
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Livro de Reclamações Eletrónico